COMO
LIDAR COM A FASE DAS MORDIDAS
Mais do que uma reação
de raiva, as mordidas dadas pelas crianças pequenas, com até 2 ou 3
anos, são uma forma de comunicação e expressão de sentimentos.
Nessa etapa da vida, a
criança ainda não domina a linguagem, então, a forma que ela tem
para se expressar, para se comunicar e interagir com os outros é
pelos meios físicos, como morder, bater, puxar o cabelo, abraçar,
beijar e empurrar…
O que a criança deseja
ao morder um amiguinho não é agredi-lo, mas sim obter de forma
rápida algum objeto ou chamar atenção. A criança morde, e depois
vê o que acontece. Por exemplo, se ao morder ela consegue o que
quer, qual é a reação da criança mordida, a reação dos adultos.
Várias situações
podem levar a criança a morder. Em uma sala de aula no Centro de
Educação Infantil: quando a professora está grávida por exemplo,
o mesmo em casa, se a mãe está grávida do irmãozinho, se ela vê
alguma situação de agressão ou algo que a oprime, alguma mudança
na sua vida, como a separação dos pais, mudanças no CEI, a disputa
por um brinquedo, por gostar demais de alguém ou mesmo pela atenção
de outras pessoas.
O psicólogo francês,
Henri Walton (1879-1962) escreveu que assim a criança constrói seu
“eu corporal”, é nessa fase, em que ela testa os limites do
próprio corpo, onde o dela acaba e começa o da outra pessoa.
A mordida é sempre uma
situação difícil para os pais de ambas as crianças. Também
muitos professores enfrentam constantemente o choro de dor de uma
criança, a reclamação de um pai indignado. Apesar de comum, a
situação é um desafio na Educação Infantil. Afinal, por que os
pequenos gostam tanto de morder?
Um dos motivos é a
descoberta do próprio corpo. Desde o aparecimento da dentição até
por volta dos 2 anos, eles mordem brinquedos, sapatos e até os
próprios os pais, professores e amigos para descobrir sensações e
movimentos.
Professoras e Auxiliares do Berçário I e II
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